sábado, 7 de agosto de 2010

Perspectivas de Diderot

No ano de 1748, a obra “Do espírito das leis”, o filósofo Montesquieu defende um governo onde os poderes fossem divididos. O equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderia conceber um Estado onde as leis não seriam desrespeitadas em favor de um único grupo. A independência desses poderes era contrária a do governo absolutista, onde o rei tinha completa liberdade de interferir, criar e descumprir as leis. O que podemos muito bem relacionar as idéias de Diderot, visto que nos esclarecia que os dogmas deveriam ser derrubados para que a sociedade fosse realmente livre, os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade deveriam caber a todos, não apenas a alguns.

Diderot



Diderot foi um dos primeiros autores que transformaram a literatura em um ofício, mas sem esquecer jamais que era um filósofo. Preocupava-se sempre com a natureza do homem, a sua condição, os seus problemas morais e o sentido do destino, todas as suas manifestações, Diderot não reduziu a moral e a estética à fisiologia, mas situou-as num contexto humano total, tanto emocional como racional.
Seu pensamento sobre a nobreza e o clero se exprime na seguinte frase: "O homem só será livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre". Com essa frase, ele quis dizer que todos os governantes e os dogmáticos deveriam ser completamente derrubados, para a humanidade ser livre. Diderot é considerado por muitos um precursor da filosofia anarquista.
Alguns estudiosos acreditam que, sob inspiração de sua obra, "A Religiosa", barbáries foram praticadas contra religiosos e freiras na Revolução Francesa de 1789 com o deturpado intuito de "protegê-los" contra os crimes praticados pela Santa Sé , há ainda um suposto dossiê encontrado por Georges May  em 1954, que mostra a obra A religiosa como pura ficção e não um retrato da realidade.