Marcada por uma série de considerações preconceituosas, a Idade Média compreende o período que parte da queda do Império Romano, até o surgimento do renascimento. Não pode ser considerada “Idade das Trevas”, pois esse período histórico é composto por uma diversidade que não se limita ao predomínio das concepções religiosas em detrimento da busca pelo conhecimento.
É nesse período que se estabelece a complexa fusão dos valores culturais romanos e germânicos, nesse período, que observamos a formação do Império Bizantino, da expansão dos árabes e o surgimento das primeiras universidades.
A Sociedade Medieval era estática e hierarquizada, a nobreza feudal composta por senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, e viscondes era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.
O clero tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava donativos para a manutenção da igreja.
A terceira camada social, formada pelos camponeses e pequenos artesãos. Os camponeses pagavam vários tributos aos senhores feudais tributos pelo trabalho nas terras do senhor feudal, metade da produção, bem como, tributos pagos pela utilização dos equipamentos pertencentes ao senhor feudal, como moinho e forno.
Reforço Escolar Multidisciplinar
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Poveiro
Poveirinhos! meus velhos pescadores!
Na Agoa quizera com vocês morar:
Trazer o lindo gorro de trez cores,
Mestre da lancha Deixem-nos passar!
Far-me-ia outro, que os vossos interiores
De ha tantos tempos, devem já estar
Calafetados pelo breu das dores,
Como esses pongos em que andaes no mar!
Ó meu Pae, não ser eu dos poveirinhos!
Não seres tu, para eu o ser, poveiro,
Mail-Irmão do «Senhor de Mattozinhos»!
No alto mar, ás trovoadas, entre gritos,
Prometermos, si o barco fôri intieiro,
Nossa bela á Sinhora dos Afflictos!
António Nobre, recusa a elaboração convencional, oratória e elevada da linguagem,utiliza o tom de coloquial, sensível mais que reflexivo, cheio de ritmos livres e musicais, afetivo, oral.
Na Agoa quizera com vocês morar:
Trazer o lindo gorro de trez cores,
Mestre da lancha Deixem-nos passar!
Far-me-ia outro, que os vossos interiores
De ha tantos tempos, devem já estar
Calafetados pelo breu das dores,
Como esses pongos em que andaes no mar!
Ó meu Pae, não ser eu dos poveirinhos!
Não seres tu, para eu o ser, poveiro,
Mail-Irmão do «Senhor de Mattozinhos»!
No alto mar, ás trovoadas, entre gritos,
Prometermos, si o barco fôri intieiro,
Nossa bela á Sinhora dos Afflictos!
António Nobre, recusa a elaboração convencional, oratória e elevada da linguagem,utiliza o tom de coloquial, sensível mais que reflexivo, cheio de ritmos livres e musicais, afetivo, oral.
Tormento do ideal - Antero de Quental
Conheci a Beleza que não morre (a substantivação da beleza)
E fiquei triste. Como quem da serra
Mais alta que haja, olhando aos pés a terra
E o mar, vê tudo, a maior nau ou torre,
Minguar, fundir-se, sob a luz que jorre;
Assim eu vi o mundo e o que ele encerra
Perder a cor, bem como a nuvem que erra
Ao pôr-do-sol e sobre o mar discorre.
Pedindo à forma, em vão, a idéia pura,
Tropeço, em sombras, na matéria dura,
E encontro a imperfeição de quanto existe.
Recebi o batismo dos poetas, (batismo característica forte do cristianismo)
E assentado entre as formas incompletas
Para sempre fiquei pálido e triste.
O soneto em que Antero de traduz, à perfeição, através da substantivação da beleza ele mostra o amor do poeta pela poesia,
E fiquei triste. Como quem da serra
Mais alta que haja, olhando aos pés a terra
E o mar, vê tudo, a maior nau ou torre,
Minguar, fundir-se, sob a luz que jorre;
Assim eu vi o mundo e o que ele encerra
Perder a cor, bem como a nuvem que erra
Ao pôr-do-sol e sobre o mar discorre.
Pedindo à forma, em vão, a idéia pura,
Tropeço, em sombras, na matéria dura,
E encontro a imperfeição de quanto existe.
Recebi o batismo dos poetas, (batismo característica forte do cristianismo)
E assentado entre as formas incompletas
Para sempre fiquei pálido e triste.
O soneto em que Antero de traduz, à perfeição, através da substantivação da beleza ele mostra o amor do poeta pela poesia,
Epopéia Latina: Eneida de Virgílio
A Eneida, é ser uma poesia encomendada com a finalidade de exaltar o poder de Augusto, inaugura a possibilidade de constituição da épica, tendo como meio a escrita e, ainda, tendo por trás de si uma tradição literária.
Constituída por 12 cantos, a épica virgiliana trata da fundação de Roma e tem como personagem principal Enéias, guerreiro troiano que foi incumbido pelos deuses de fundar a nova Tróia: Roma. Em sua saga, Enéias percorre um longo caminho até a chegada à região do Lácio, percurso que, do ponto de vista da estrutura do poema, dura exatamente os seis primeiros cantos. E, assim, ao chegar ao local que lhe fora determinado, age, seguindo sua sina, empreendendo guerras de conquista: afinal, é um herói e, como tal, está predestinado a combater. E essa ação heróica percorre os seis cantos finais da epopéia.
O desenrolar do enredo segue a proposição do poema, pois, diz Virgílio logo no primeiro verso: “As armas e o homem canto”, e isto significa que o poema tratará, de um lado, das desventuras de Enéias (homem) e, de outro, das campanhas bélicas empreendidas por ele (armas).
Vale lembrar que, para os poetas romanos, a imitação é fundamental, portanto não seria possível produzir um texto épico que desconsiderasse Homero. E o poeta, estabelece a conexão de seu poema com a tradição; afinal de contas, as desventuras do herói relacionam-se com o seu vagar pelo Mar Mediterrâneo, exatamente aquilo que ocorre na Odisséia, quando Ulisses é posto a realizar tarefas semelhantes até conseguir chegar aos braços de Penélope, sua fidelíssima esposa. Já a segunda parte do texto está ligada a outro poema homérico (Ilíada), uma vez que o suporte é a guerra.
Constituída por 12 cantos, a épica virgiliana trata da fundação de Roma e tem como personagem principal Enéias, guerreiro troiano que foi incumbido pelos deuses de fundar a nova Tróia: Roma. Em sua saga, Enéias percorre um longo caminho até a chegada à região do Lácio, percurso que, do ponto de vista da estrutura do poema, dura exatamente os seis primeiros cantos. E, assim, ao chegar ao local que lhe fora determinado, age, seguindo sua sina, empreendendo guerras de conquista: afinal, é um herói e, como tal, está predestinado a combater. E essa ação heróica percorre os seis cantos finais da epopéia.
O desenrolar do enredo segue a proposição do poema, pois, diz Virgílio logo no primeiro verso: “As armas e o homem canto”, e isto significa que o poema tratará, de um lado, das desventuras de Enéias (homem) e, de outro, das campanhas bélicas empreendidas por ele (armas).
Vale lembrar que, para os poetas romanos, a imitação é fundamental, portanto não seria possível produzir um texto épico que desconsiderasse Homero. E o poeta, estabelece a conexão de seu poema com a tradição; afinal de contas, as desventuras do herói relacionam-se com o seu vagar pelo Mar Mediterrâneo, exatamente aquilo que ocorre na Odisséia, quando Ulisses é posto a realizar tarefas semelhantes até conseguir chegar aos braços de Penélope, sua fidelíssima esposa. Já a segunda parte do texto está ligada a outro poema homérico (Ilíada), uma vez que o suporte é a guerra.
A Antígona de Sófocles
O texto de "Antígona" apresenta os aspectos de relevância um desses aspectos é a questão da Democracia. Sófocles deixa evidente a importância da Democracia na Grécia Antiga, tirando-a do pequeno mundo político de Atenas e levando-a como necessidade para as outras cidades gregas; Tebas no caso. A importância e a necessidade da Democracia no cenário político vivido por Antígona e Creonte vêm à tona nas falas de Hémon. Numa leitura superficial do texto, tem-se a sensação de que Hémon enfrenta seu pai, o rei Creonte, apenas para salvar a vida de sua prima e amada, Antígona; seria uma atitude meramente passional. Mas uma leitura mais atenta pode fazer com que o leitor tenha outra impressão.
Creonte: - (...) Filho, acaso estais aqui para atacar o teu pai, sem prestares ouvido ao decreto fixado acerca de tua noiva?(...)
Hémon: - Pertenço-te meu pai. E tu, que tens nobres pensamentos, regulas os meus para eu os seguir. Na verdade, não há casamento algum que me pareça superior a ser por ti orientado.
...
Creonte: - É portanto a outro, e não a mim, que compete governar este país?
Hémon: - Não há Estado algum que seja pertença de um só homem.
...
Creonte: - Sim? Pois, pelo Olimpo, fica sabendo que não me ultrajarás com as tuas censuras impunemente. (Para os guardas) Tragam essa abjeta criatura, para que morra imediatamente diante dos olhos do noivo, e ao lado dele.
Hémon: - Não de mim com certeza, não o julgues jamais, nem ela perecerá perto de mim, nem de modo algum avistarás o meu rosto, vendo-o com os teus olhos. De forma que serás louco, sim, mas na companhia dos amigos que o queiram".
A postura democrática de Hémon é evidente. Ele percebe que o poder não faz sentido se usado isoladamente ou em desacordo com aqueles em razão de quem o poder é exercido. A Cidade é bem de todos e não daquele que exerce o poder de mando.
Creonte: - (...) Filho, acaso estais aqui para atacar o teu pai, sem prestares ouvido ao decreto fixado acerca de tua noiva?(...)
Hémon: - Pertenço-te meu pai. E tu, que tens nobres pensamentos, regulas os meus para eu os seguir. Na verdade, não há casamento algum que me pareça superior a ser por ti orientado.
...
Creonte: - É portanto a outro, e não a mim, que compete governar este país?
Hémon: - Não há Estado algum que seja pertença de um só homem.
...
Creonte: - Sim? Pois, pelo Olimpo, fica sabendo que não me ultrajarás com as tuas censuras impunemente. (Para os guardas) Tragam essa abjeta criatura, para que morra imediatamente diante dos olhos do noivo, e ao lado dele.
Hémon: - Não de mim com certeza, não o julgues jamais, nem ela perecerá perto de mim, nem de modo algum avistarás o meu rosto, vendo-o com os teus olhos. De forma que serás louco, sim, mas na companhia dos amigos que o queiram".
A postura democrática de Hémon é evidente. Ele percebe que o poder não faz sentido se usado isoladamente ou em desacordo com aqueles em razão de quem o poder é exercido. A Cidade é bem de todos e não daquele que exerce o poder de mando.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
A importancia do estudo e do ensino da Língua Portuguesa
O estudo da Língua Portuguesa entende a importância de falar e escrever bem, seja na forma culta ou popular.
Como professores, devemos mostrar que a língua é um universo amplo e acessível, além de instrumento fundamental para o ser humano, a comunicação.
O processo ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas a fim de promover o desenvolvimento de cada indivíduo de modo integral. Portanto, nessa perspectiva, o trabalho do professor é, dentre outros, desenvolver no aluno a capacidade de comunicar-se bem, que é imprescindível e o professor leve o aluno a perceber isso.
Os desafios da escola, provocam temor, na medida em que representam contraposição às práticas tradicionais, representando da mesma forma novos discursos que se chocam com os discursos habituais. E encontrar caminhos ou ajustar aqueles já palmilhados para incorporar transformações e ao mesmo tempo compreender e avaliar a complexidade desse processo é nossa função.
Em outras palavras, a aprendizagem da linguagem é constante, pois sempre será possível nos encontrarmos em situações nas quais deveríamos utilizar gêneros que não conhecemos tão bem, ou até que desconhecemos.
Assim, se não tivermos acesso a determinados gêneros e a sua aprendizagem for fundamental para a formação, nós professores precisamos assumir a tarefa de ensinar aos nossos alunos as características dos gêneros mais complexos, que não são aprendidos espontaneamente nas situações do cotidiano, pois quanto maior for o domínio que tivermos sobre os gêneros e quanto mais gêneros conhecermos, maior facilidade de compreensão e de produção de textos teremos, maior será a possibilidade de atingirmos nossos objetivos.
Como professores, devemos mostrar que a língua é um universo amplo e acessível, além de instrumento fundamental para o ser humano, a comunicação.
O processo ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas a fim de promover o desenvolvimento de cada indivíduo de modo integral. Portanto, nessa perspectiva, o trabalho do professor é, dentre outros, desenvolver no aluno a capacidade de comunicar-se bem, que é imprescindível e o professor leve o aluno a perceber isso.
Os desafios da escola, provocam temor, na medida em que representam contraposição às práticas tradicionais, representando da mesma forma novos discursos que se chocam com os discursos habituais. E encontrar caminhos ou ajustar aqueles já palmilhados para incorporar transformações e ao mesmo tempo compreender e avaliar a complexidade desse processo é nossa função.
Em outras palavras, a aprendizagem da linguagem é constante, pois sempre será possível nos encontrarmos em situações nas quais deveríamos utilizar gêneros que não conhecemos tão bem, ou até que desconhecemos.
Assim, se não tivermos acesso a determinados gêneros e a sua aprendizagem for fundamental para a formação, nós professores precisamos assumir a tarefa de ensinar aos nossos alunos as características dos gêneros mais complexos, que não são aprendidos espontaneamente nas situações do cotidiano, pois quanto maior for o domínio que tivermos sobre os gêneros e quanto mais gêneros conhecermos, maior facilidade de compreensão e de produção de textos teremos, maior será a possibilidade de atingirmos nossos objetivos.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Dissetar
Dissertar é ou explicar um assunto,assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, assim como o texto científico, os artigos etc. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Mas temos ainda o texto dissertativo argumentativo que segue a seguinte estrutura:
Introdução - Apresenta o tema, os argumentos e o posicionamento do autor;
Desenvolvimento - É formado por parágrafos que fundamentam os argumentos apresentados, pelo autor,na introdução.
Conclusão - Retoma as ideias gerais do texto, reafirmando a tese
Introdução - Apresenta o tema, os argumentos e o posicionamento do autor;
Desenvolvimento - É formado por parágrafos que fundamentam os argumentos apresentados, pelo autor,na introdução.
Conclusão - Retoma as ideias gerais do texto, reafirmando a tese
Resumo Crítico ou Resenha
Antes de qualquer coisa, o primeiro passo é uma boa leitura e para isso o ideal é que você responda algumas questões:
a)qual o tema tratado pelo autor?
b)qual o problema que ele coloca?
c)qual a posição defendida pelo autor com relação a este problema?
d)quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para defender sua posição?
A resenha (ou resumo crítico) não é apenas uma resumo informativo ou indicativo. A resenha pede um elemento importante de interpretação de texto. Você só fará uma boa resenha se tiver lido um texto ao menos até a quarta etapa de leitura, na classificação sugerida por Antônio Severino.
Você deverá ainda, fazer uma análise do texto lido, mas,o que é análise?
A análise é,a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão. Para isso fique atento se você tem:
a) informações sobre o autor, suas outras obras e sua relação com outros autores;
b)elementos para contribuir para um debate acerca do tema em questão;
c)condições de escrever um texto coerente e com organicidade.
Desse modo, você deverá apresentar:
a)nos parágrafos iniciais, uma introdução à obra resenhada, apresentando
o assunto/ tema;
b)o problema elaborado pelo autor;
c)e a posição do autor diante deste problema;
d)no desenvolvimento, a apresentação do conteúdo da obra;
e)as idéias centrais do texto;
f)os argumentos e idéias secundárias;
g)por fim, uma conclusão apresentado sua crítica pessoal, ou seja:
uma avaliação das idéias do autor frente a outros textos e autores
uma avaliação da qualidade do texto, quanto à sua coerência, validade, originalidade, profundidade, alcance, etc.
a)qual o tema tratado pelo autor?
b)qual o problema que ele coloca?
c)qual a posição defendida pelo autor com relação a este problema?
d)quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para defender sua posição?
A resenha (ou resumo crítico) não é apenas uma resumo informativo ou indicativo. A resenha pede um elemento importante de interpretação de texto. Você só fará uma boa resenha se tiver lido um texto ao menos até a quarta etapa de leitura, na classificação sugerida por Antônio Severino.
Você deverá ainda, fazer uma análise do texto lido, mas,o que é análise?
A análise é,a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão. Para isso fique atento se você tem:
a) informações sobre o autor, suas outras obras e sua relação com outros autores;
b)elementos para contribuir para um debate acerca do tema em questão;
c)condições de escrever um texto coerente e com organicidade.
Desse modo, você deverá apresentar:
a)nos parágrafos iniciais, uma introdução à obra resenhada, apresentando
o assunto/ tema;
b)o problema elaborado pelo autor;
c)e a posição do autor diante deste problema;
d)no desenvolvimento, a apresentação do conteúdo da obra;
e)as idéias centrais do texto;
f)os argumentos e idéias secundárias;
g)por fim, uma conclusão apresentado sua crítica pessoal, ou seja:
uma avaliação das idéias do autor frente a outros textos e autores
uma avaliação da qualidade do texto, quanto à sua coerência, validade, originalidade, profundidade, alcance, etc.
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