Conheci a Beleza que não morre (a substantivação da beleza)
E fiquei triste. Como quem da serra
Mais alta que haja, olhando aos pés a terra
E o mar, vê tudo, a maior nau ou torre,
Minguar, fundir-se, sob a luz que jorre;
Assim eu vi o mundo e o que ele encerra
Perder a cor, bem como a nuvem que erra
Ao pôr-do-sol e sobre o mar discorre.
Pedindo à forma, em vão, a idéia pura,
Tropeço, em sombras, na matéria dura,
E encontro a imperfeição de quanto existe.
Recebi o batismo dos poetas, (batismo característica forte do cristianismo)
E assentado entre as formas incompletas
Para sempre fiquei pálido e triste.
O soneto em que Antero de traduz, à perfeição, através da substantivação da beleza ele mostra o amor do poeta pela poesia,
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